SINAL DE CHUVA
As primeiras notícias de chuva
Enlevam-me a terras distantes
E nesse êxtase envolto sinto
as solas dos pés
Pisar o solo natal que se enfeita de natureza
Ao pé do mourão o umbigo brota
Aprofundando as raízes que se alimentam
Do cheiro da terra molhada
Sob a rega que se faz do orvalho serenado
As preces a São José
Enfim atendidas
Semeiam esperanças novas
E o chão rachado bebe os
primeiros pingos
A poeira calmamente se assenta
A vaca magra num esforço pela vida se levanta
E no vento que acaricia mais suave
Ecoa o pio d’uma rolinha afoita
O mandacaru esbanja majestade em
flor
E seu verde não é mais solitário
N’algum galho de jurema da
caatinga que se verdeja
Um ninho começa a ser trançado
Texto e fotos: by AMALRI NASCIMENTO
*Ninho de uma rolinha citadina,
construído nos arbusto de um pé de ficus,
na minha varanda.
Parabéns meu Amigo Amalri. Após ler está poesia, me transportei para minha cidade de Canindé-Ce onde a seca está rasgando literalmente o solo rachado que bebe os pingos de chuva.
ResponderExcluirUm agrande abraço do seu amigo Santos